top of page

Quatro séculos em um quilômetro

Foto do escritor: MultiLab fjnMultiLab fjn

Entre os dias 19 e 20 de outubro, o Laboratório Multiusuários em Humanidades

(multiHlab) marcou presença no Festival REC ’n Play que aconteceu no bairro do Recife

Antigo.


A experiência intitulada “Quatro séculos em um quilômetro” contou com a

participação da professora e pesquisadora do departamento de História da Universidade

Federal Rural de Pernambuco, Marcília Gama, que guiou uma visita pela Rua do Imperador

Pedro II, localizada no bairro de Santo Antônio.


Construída na gestão do Conde Maurício de Nassau, durante o século XVII, a rua foi

parte integrante da cidade Maurícia e uma importante passagem para o comércio da época.

Antes de ser Rua do Imperador Pedro II, uma evidente homenagem ao imperador do Brasil,

após sua passagem pelo Recife em 1859, o local também já levou o nome de Rua do

Convento, Rua da Cadeia e Rua Franciscana.


O projeto desenvolvido pelo multiHlab teve como objetivo realizar um vídeo em 360º

graus para visualização em óculos de realidade virtual, apresentando-se como um registro

histórico imersivo, podendo integrar acervos de equipamentos culturais da cidade do Recife. Para sua execução foram utilizadas três câmeras: uma para captação em 360º, uma

convencional de celular e uma GoPro. A edição e finalização ficou por conta da equipe do

multiHlab.


Durante a exposição no festival REC n’ Play, o público pôde conhecer um pouco da

história dos prédios localizados na Rua do Imperador, lugar que abriga, por exemplo, o

Arquivo Público de Pernambuco, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (Capela

Dourada) e a antiga Fábrica Lafayette. Uma novidade para quem passa todos os dias naquela região e não tinha a dimensão cultural das narrativas que contribuem com a história do Recife e do Brasil.



O público presente na exposição, com faixas etárias variadas, demonstrou bastante

curiosidade e interesse na proposta. A coordenadora do projeto, Viviane Toraci, explicava os

detalhes da execução e planejamento da imersão tecnológica. Observamos como as

tecnologias se apresentam a cada pessoa que utilizava os óculos de realidade virtual: alguns

tiveram mais facilidade e outros dificuldades para manusear, contando com a ajuda dos

nossos monitores. No entanto, o desejo de experimentar algo novo foi o sentimento que

predominou. Estudantes da rede estadual de Pernambuco, por exemplo, viram naquele objeto um modo de acessar outros lugares vistos apenas por imagens ou pelo próprio Street View (Google Maps).


Para alguns visitantes a experiência foi vista como muito válida, “a gente consegue

conhecer um pouquinho da história de onde a gente mora e das ruas. É muito importante

culturalmente e historicamente, e a experiência que a gente tem no 360º é totalmente imersiva e vale a pena participar”, relata Juan Carlos.


O estudante de desenvolvimento de sistemas da escola técnica estadual Porto Digital, Gryghor, de 18 anos, descreveu suas percepções sobre o projeto “é muito bacana e inovador. Eu, por exemplo, nunca tinha passado por uma experiência de realidade virtual e ter essa oportunidade aqui para mim foi muito bacana e muito inspirador também, porque eu nunca parei para prestar muita atenção nesses vídeos em 360º e ainda mais as histórias que foram trazidas dentro do contexto do vídeo. Você olha para o lado, olha pro outro e você consegue ver a vida acontecer ali, entendeu?”. A comerciante Brenda aponta que “eu me senti de verdade lá no Imperador, deu pra ver tudo, ela explicando tudo. Eu acho que essa tecnologia é muito importante pra gente valorizar a história do Recife.”


Para a equipe do multihlab, “Quatro séculos em um quilômetro” representou o início de novos projetos com uso de realidade virtual. Os vídeos gravados durante a ação no REC ‘n Play encontram-se disponíveis nas páginas do Instagram da Fundação Joaquim Nabuco e do multiHlab.

20 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page